domingo, 2 de novembro de 2008

O Preconceito na Europa

Começo a acreditar que o sucesso de Obama pela Europa está relacionado com o grande preconceito que existe por aqui. O fato de um negro, filho de imigrantes, de um pai omisso que nunca pensou que seu filho se candidataria a presidência (não o chamaria Barack Hussein Obama, se pensasse o contrário) chegar ao mais alto posto dos Estados Unidos não significa que o racismo não exista naquele país. Mas sim significa que a cor de sua pele importou menos que outros fatores, para a maioria dos americanos. E isso já representa uma grande mudança, desde o tempo quando os negros estavam condenados por um racismo constitucional no sul do país. Mas o fato é que o sucesso de Obama surpreende mais a Europa do que os Estados Unidos.

O velho continente continua extremamente conservador nesse ponto. Serão ainda muitos anos até que um filho de paquistanês seja primeiro-ministro na Grã-Bretanha, e o mesmo com um filho de marroquinos na Espanã, argelinos na França, turcos na Alemânia, albaneses na Itália, etc. E ainda mais distante o dia quando um gaijin se torne primeiro-ministro no Japão. E isso nos diz mais sobre o racismo no resto do mundo do que nos Estados Unidos. 

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